VOLTA AO MUNDO
Em meados dos anos 80 quase não havia uma pessoa no planeta entre as que tinham acesso à televisão que não soubesse quem era Jacques Cousteau.
O grande ídolo não inspirava apenas por seu pioneirismo em mostrar para o grande público os encantos do mundo submarino entre as décadas de 50 a 90, mas principalmente por utilizar com grande responsabilidade e maestria sua gigantesca reputação e respeito conquistado mundialmente para influenciar decisões de nações poderosas em prol da conservação dos oceanos, algo sem precedentes naquele momento ou até mesmo hoje em dia.
Nos anos 80 no Brasil quando Charlie Flesch era criança, famílias inteiras se reuniam na frente da televisão no dia e horário habitual noturno pra ver qual maravilha do mundo submarino Cousteau traria no novo episódio. O comentário no dia seguinte era geral em toda a escola logo antes das aulas começarem. Anos depois, uma onda de novos alunos universitários inundaram cursos de biologia e oceanografia, Charlie fazia parte dela.
Seu sonho? Seguir os passos do grande ídolo, conhecer os lugares mais lindos do planeta, levando conhecimento, conscientização e a urgência de cuidar da conservação dos oceanos e de todo o planeta.
O projeto Homo zarpiens ainda é um devaneio, mas as ações que Charlie vem tomando ao longo de toda sua vida para concretizá-lo são bastante reais.
Mas o que é Homo zarpiens? Todas as pessoas que buscam o conhecimento através da experência de explorar o mundo à sua volta pertencem à espécie Homo zarpiens.
CHARLIE FLESCH
COMANDANTE DO VELEIRO FERNANDE
Charlie Flesch é brasileiro e soma em milhas navegadas o equivalente a mais de uma volta ao mundo, a maior parte delas nos mares gelados e desafiadores do sul. Iniciou sua experiência na Antártica como imediato do velejador holandês Henk Boersma, o capitão antártico que mais vezes conduziu seu próprio veleiro até a Antártica em toda a história. Foi Henk quem incentivou que Charlie tivesse seu próprio barco e conduzisse suas próprias expedições.
Desde os 19 anos Charlie é guia de grupos na natureza intocada. Foi guia de mergulho no Mar Vermelho no Egito e Fernando de Noronha. Soma de 10 anos de experiência conduzindo grupos escolares de 11 a 19 anos em viagens educativas na Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica, entre montanhas, matas, praias e cavernas. Foi chefe de mergulho e tripulante da terceira volta ao mundo da Família Schurmann - a Expedição Oriente. E esteve na Antártica em 3 viagens com Henk.
Todas essas experiências foram fundamentais para percorrer o árduo caminho de ser capaz de dominar a Fernande e comandar seis navegações até a Antártica.
ANTÁRTICA
O CONTINENTE GELADO
O CONTINENTE GELADO
ANTÁRTICA
Os dias sem noites, geleiras e icebergs azuis, proximidade com a vida selvagem como não se ouve falar em nenhum outro lugar do planeta, num encontro diário com baleias, focas, pinguins e outras tantas aves somados a paisagens com cores de todos os tipos.
A Antártica é sem dúvida o último lugar intocado de verdade do planeta onde a pouca presença humana que existe é de pequenas bases, veleiros e navios. Quando você se isola em uma baía e desliga tudo, é um "silêncio" como não existe em nenhum outro lugar do globo.
O continente gelado tem o poder de encantar qualquer pessoa e não há quem não volte completamente transformado dessa experiência única que tá lá do outro lado do Drake.
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